Nascimento Virginal: loucura ou lógica?
A natureza divina do Messias e seu nascimento virginal costuma gerar muitas dificuldades. Críticos da ideia de um nascimento virginal estão convictos que essa história teria sido inspirada pelo paganismo grego.
Entretanto, parte daqueles que fazem essa crítica, creem em outra fantástica história bíblica: a criação do homem.
O relato do início da existência humana na terra estabelece que o ser humano se originou a partir do componente material: terra; unido ao componente divino: sopro de Deus.
Dessa combinação entre o mundo material e o mundo espiritual, a partir desse evento único, todos os seres humanos foram derivados.
Se pessoas de fé aceitam como verdade que a fórmula: terra/matéria, unida a ao Espírito/sopro de Deus, tenha gerado o primeiro Adão, então porquê se opor a fórmula idêntica que aparece no Novo Testamento: matéria/semente da mulher, unida ao Espírito/sopro de Deus, gerando o segundo Adão?
A lógica da criação do primeiro homem, e a lógica da geração do Filho do Homem não deveriam seguir o mesmo padrão?
Outro motivo que reforça a tese do nascimento virginal é que, um salvador cuja natureza fosse exclusivamente humana, que fosse formado de maneira comum à partir da semente do homem e da mulher estaria sujeito às mesmas limitações dos seres humanos, e por conseguinte, não estaria em posição de salvar.
Seria como, por exemplo, a situação do capitão de um navio que está afundando. O fato do capitão estar dentro do navio, e portanto, estar sujeito às mesmas circunstâncias dos outros passageiros, o impede de prevenir o naufrágio. Por melhor que seja este capitão, ele não poderá mudar a situação. Somente alguém agindo de fora do navio poderia salvar os passageiros.
Um Messias limitado pela dimensão humana, não poderá interferir no destino da humanidade. Um Messias que é o próprio Deus, e que existe concomitantemente dentro e fora do mundo material, pode mudar tudo.