Uso do quipá:
Tradição que aponta para Jesus.

O quipá, é um pequeno chapéu circular usado por homens judeus como sinal de respeito e humildade diante de Deus.

A palavra quipá vem do verbo kapar/פרַ כָּ que significa cobrir ou fazer propiciação e vem também do verbo kupar/פרַּ כֻּ que significa ser perdoado.

Esses dois conceitos: ser perdoado, e receber a propiciação pelos pecados são básicos para aqueles que creem em Jesus.

Embora o Antigo Testamento não mencione a palavra quipá, e não exija, explicitamente, que homens ou mulheres cubram a cabeça ( a não ser os sacerdotes e sumo-sacerdotes), usar o quipá tornou-se costume nos tempos talmúdicos (segundo século D.C.) e , a partir do século XVII, o uso do quipá tornou-se comum entre os judeus, especialmente durante as orações e estudos religiosos.

A primeira menção ao quipá está no Tractate Shabat, onde se discute o respeito e o temor a Deus.

O costume de se usar o quipá pode ter sido inspirado pelo fato de que, a bíblia, em Êxodo 28.4 e 37, instrui ao sumo sacerdote que use um adereço na cabeça/mitznefet /פתֶ ֶצנְ מִ e , em Êxodo 28.40, instrui aos sacerdotes que usem um . ִמגְָּבעֹו ֙ת/migbaot

Novamente é impossível não associar Jesus tanto com a figura do sacerdote como a do sumo-sacerdote.

O uso do quipá também pode ser visto como um símbolo de unidade e identidade entre os judeus, e, apesar de ser um costume singelo e em nada ofensivo, muitos judeus evitam usar o quipá na escola e no trabalho devido ao perigo de serem agredidos pois o anti-semitismo é uma realidade.

Os messiânicos crentes em Yeshua usam o quipá nos cultos porque entendem que essa é uma forma de honrar a Deus e de se identificar com o seu povo.

É natural que os novos convertidos ao judaísmo Nazareno queiram se comportar como judeus e queiram adotar seus costumes. Afinal de contas, como Paulo disse, “ não é judeu o que o é exteriormente, mas o que o é interiormente”.

Silvia Mazoni